Pr. José Martins de Calais Junior fala sobre assunto polêmico da atualidade

Pr. Júnior seis anos na presidência do ministério Coronel Fabriciano Ipatinga em entrevista fala de vários temas: Igreja, política, pandemia e expectativa para 2022
Pr. José Martins de Calais Junior, presidente do ministério Coronel Fabriciano Ipatinga e presidente da COMADVARDO (Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus do Vale do Rio Doce e Outros), nesta entrevista fala sobre vários temas: igreja, política, pandemia, mundo digital e outros. E no ultimo dia 12/02/2022 completou Seis anos na condução do ministério Cel. Fabriciano Ipatinga
Qual sua expectativa para 2022
Nossa expectativa como igreja é que volte a normalidade, tendo em vista que os dois últimos anos tivemos algumas restrições. Estamos orando pela economia de nosso Brasil para que ela continue se recuperando e que a igreja volte com as atividades normalmente. A expectativa é ver as igrejas voltando às cruzadas evangelística, os trabalhos de rua, esta é a expectativa.
Falando em Pandemia que lição pode ser tirada de 2020 e 2021?
Desde o início eu entendi que a pandemia tinha uma lição para nos ensinar. A primeira lição que eu via era o cumprimento da palavra de Deus. A palavra de Deus realmente se cumpre. O Senhor Jesus falou que nos finais dos tempos haveria fome e pestes em vários lugares, então eu não tenho outras palavras a não ser dizer que a pandemia é um tipo de peste que assolou a terra. A 2º lição que a pandemia nos ensinou é dar um tempo. O mundo está muito agitado, as pessoas estão pensando só em dinheiro, laser, prazeres… e Deus deu uma chacoalhada.
Isso significa que para a igreja não seria novidade?
Para quem está atento à palavra de Deus, não é novidade. Desde o início, preguei algumas mensagens alertando o povo quanto a isso. Claro, a gente mesmo sabendo fica assustado, mas novidade para a igreja não é. A palavra de Deus se cumpre.
A pandemia também mostrou um pouco de despreparo da igreja, que levou o povo a se aproximar de Deus. Qual sua opinião?
Eu vejo diferente. O povo até deveria ter se aproximado de Deus, mas o que eu vi foi uma acomodação. Tem pessoas que até hoje não voltaram na igreja, vão em todos os lugares, supermercado, banco, trabalha, mas na igreja não pode por causa da pandemia. E eram pessoas assíduas. No meu caso, aqui eu não tive tanto problema. Eu não estou falando de nossa região. Aqui realizamos várias atividades, muitos vídeos, incentivos, mas eu tive amigo que está com dificuldade para voltar a pastorear no Rio de Janeiro porque lá os fechamentos de igrejas foram bastantes radicais. Ele voltou a trabalhar com dificuldade. O povo gostou de ficar em casa. Eu entendo que a pandemia foi um teste para quem realmente quer ir pro céu.
Política! Opine panoramicamente sobre este tema.
É muito fácil a questão política no Brasil porque hoje a gente tem conhecimento de quem trabalhou contra a família, quem trabalhou contra o estado de Israel, quem trabalhou e trabalha contra os princípios de Deus, então é fácil separar. A esquerda no Brasil trabalha contra Deus, contra a família, ela trabalha contra valores, ela quer institucionalizar coisas que contrariam a Deus e o povo de Deus. Hoje nós temos o presidente Bolsonaro, é a pessoa que levantou a bandeira certa, é uma pessoa que honra o nome de Deus, honra a palavra de Deus, não é pela pessoa, mas por aquilo que Ele defende. Bolsonaro defende o que nós defendemos.
Ao apresentar dois pré-candidatos, Carlos Lima para Estadual e Eneias Reis para Federal, qual o objetivo?
Eu entendo que são duas pessoas que são presbíteros da igreja. Não sou eu quem estou apresentando. Eles se apresentaram a mim. Foram os primeiros, e nós o abraçamos. A única coisa que exigimos deles é a defesa dos valores que nós acabamos de citar aqui, e eles estão 100% nisso. Inclusive, quanto mais deputados estaduais, federais e senadores que defenderem essa pauta, merecem ser votados, merecem estar lá.
Qual será a preferência do ministério e COMADVARDO no atual cenário político presidenciável para 2022?
Só tem dois nomes em alta: Bolsonaro e Lula. Não tem 3º via no Brasil e com certeza nós vamos eleger Bolsonaro.
E como o senhor ver essa questão de o Lula sempre aparecer à frente nas pesquisas?
Coisa simples! Nós temos todo sistema de mídia apoiando Lula, nós temos o STF apoiando a esquerda, vários segmentos apoiando a esquerda, e os institutos de pesquisa apoiando a esquerda. Como esperar que esses institutos de pesquisas apresentassem Bolsonaro na frente? As pesquisas perderam credibilidade no Brasil. Se Bolsonaro dependesse de pesquisa, ele não era presidente. As pesquisas sempre apontaram Bolsonaro como vencido, e não vai ser diferente. Nas pesquisas de enquete, Bolsonaro ganha em todas.
E as dúvidas que são geradas no Brasil em relação às urnas? O senhor também tem?
Com certeza! Por que esconder um inquérito em vez de trabalhar para defender a legitimidade? A transparência? Estão trabalhando para acusar quem pede transparência. Isso pra mim já é um grande sinal. Se você me pede transparência e eu começo a te incriminar, o que estou escondendo? Quem não deve não teme.
Em relação à Igreja Assembleia de Deus em Governador Valadares, o senhor é o presidente da COMADVARDO e também está à frente das negociações. O que o senhor pode informar a respeito?
Graças a Deus, nós conseguimos reunir os dois lados. Nós estamos fazendo um acordo apoiando dois ministérios em Valadares. Um ministério conduzido pelo pastor Zilmar e outro ministério conduzido pelo pastor Eber. Está sendo dividido o campo, porém, os dois com a COMADVARDO. Foi a alternativa que nós encontramos para que os processos fossem tirados da justiça. Eles tem dado passos largos, já assinaram documentos, já entraram com documentos na justiça suspendendo o processo. O cancelamento se dá após alguns trâmites que estão sendo feito e Valadares terá dois ministérios apoiados pela COMADVARDO.
Que balanço o Senhor faz dos 6 anos à frente do ministério Cel. Fabriciano Ipatinga?
O meu 1º plano era manter o que foi construído pelo pastor Antônio Rosa, pelo pastor Pimentel, e hoje eu posso dizer que conseguimos. Mantemos a comunicação com o pastor Antônio Rosa, com os obreiros jubilados, os veteranos, bem como com o ministério. Já ingressamos muitos obreiros, construímos muitos templos, abrimos várias igrejas, e em meio a pandemia, continuamos abrindo igrejas, inauguramos templos e comprando terrenos. Nós estamos em pleno crescimento. Batizamos quase 700 pessoas em 2020. Então eu entendo que cumprimos a nossa expectativa que era de crescimento.
Durante os seis anos de presidência, o que o senhor considera de mais relevante em sua gestão?
A união do nosso ministério somado ao crescimento.
A 14ª Escola Bíblica Anual se tornou um instrumento de reciclagem dos obreiros e professores de escolas dominicais do ministério?
Com certeza! A gente está trabalhando para manter a escola bíblica porque é a oportunidade que nós temos de reciclar os obreiros, de renovar e trazer conhecimento ao ministério.
Qual sua opinião sobre os temas abordados neste ano?
Foram plenamente discutidos. Estamos tendo muitas novidades na área jurídica, então trouxemos um professor, um homem de Deus, que está trazendo para nós as novidades das leis que tangem à igreja, para tomarmos conhecimento de como as coisas estão caminhando aqui no Brasil. Temos também matéria voltada para o entendimento, as fases da vida em relação a internet. Para a nossa geração da década de 60, a internet entrou agora, mas as crianças que estão nascendo hoje, já nascem sabendo manusear a internet. Entramos no mundo hoje, por exemplo o Facebook, que deixa de ser Facebook e passa a se chamar Meta, onde entra o MetTaverso. É uma situação muito complexa para nós entendermos. A igreja tem que estar preparada para encarar o jovem e o adolescente que está neste mundo digital. Tudo isso são conhecimentos que nós estamos preocupados. Precisamos nos atentar sobre como lidar com a mente e o coração dos jovens e adolescentes nesta geração. Além disso, temos outros temas que estão sendo abordados, como o tema que eu abordei sobre a chamada divina para a obra de Deus, e tem o tema do pastor Jamiel e do pastor Marcelo que são muito importantes também.
Dentro deste contexto, a igreja tem projeto para alcançar essa geração?
Estamos construindo. A dinâmica é tão rápida que parece que acabamos de falar e já surgiu coisa nova. Temos que ter muita atenção às mudanças. Na minha geração tinha um diferencial, não tinha celular na mão, nem televisão em casa. Hoje, a criança está com celular na mão com inúmeros programas digitais, então é muito mais difícil alcançar esta geração.
Pastor a igreja Assembleia de Deus ganha muitas almas, mas são poucos que permanecem. O que fazer para manter essas pessoas na igreja?
Olha, eu tenho diagnósticos! Nunca perdemos mais do que ganhamos. Nós tivemos agora recente o relatório em que nós ganhamos quase duzentas pessoas, ou seja, houve perca, mas sempre tivemos à frente no ganho. Nós sempre tivemos esse relatório e sempre foi observado isso.
Nesses seis anos o senhor fez no ministério algumas mudanças pontuais de obreiros mais velhos e trouxe uma geração mais nova. Isso já foi pensando no mundo tecnológico?
Não! As mudanças foram estatutárias. O nosso estatuto diz que o obreiro aos 65 anos tem direito de jubilar, e aos 70 é compulsório. Só cumprimos o estatuto.
Suas considerações

Eu quero agradecer a Deus. A gente se sente pequeno diante de tamanha responsabilidade. Agradecer à minha esposa Vânia, que é uma pessoa que me ajuda muito. Ela é muito atenta e está sempre comigo. Assim também, agradeço aos meus filhos, a diretoria do ministério, que é uma diretoria que a gente tem liberdade de conversar, e ela tem liberdade de opinar. Não há imposição. São pessoas muito coerentes, esses obreiros lutam muito e, todos têm muita liberdade de conversar comigo, de me procurar indo à minha casa, assim como os obreiros voluntários. Eu sou muito grato a eles também. São pessoas maravilhosas que tem acesso a mim. Meu celular é aberto a todos. Eu tenho uma característica que não me perturbo com celular, eu atendo a todos. Meu celular dorme ao lado da minha cama. As vezes me perguntam: não te perturba? Nem um pouco! Eu não tenho problema com isso, não é que sou super-homem, mas eu me libertei dessa preocupação. Ficam minhas considerações a todos.