EUA oferecem recompensa de US$ 5 milhões por chefe do Supremo venezuelano

Nicolás Maduro. (Photo/Ariana Cubillos)
Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, diz que Maikel Moreno, é ajudante de Nicolás Maduro
No último 26 de março de 2020, os Estados Unidos já ofereceram uma recompensa de US$ 15 milhões por informações que levam a prisão do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.
Na última terça-feira (21), porém, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou uma recompensa de US$ 5 milhões por informações que levem à prisão e ao julgamento do presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, Maikel Moreno, considerado próximo ao chavismo.Anúncio:
Em comunicado, Pompeo também sancionou Moreno e sua esposa por supostamente estarem envolvidos “em uma significativa corrupção” e afirmou que o chefe do Supremo venezuelano “recebeu propina para influenciar no resultado de casos criminais e civis”.
“Moreno recebeu propina em troca de ações judiciais, como ordenar que juízes de instâncias inferiores liberem determinados acusados ou neguem certos casos, o que ocorreu em mais de 20 processos judiciais”, afirmou Pompeo em comunicado. No Twitter, o chefe da diplomacia americana declarou que Moreno é um “ajudante” de Nicolás Maduro e explicou que a nova medida busca enviar uma mensagem clara: “Os EUA se posicionam firmemente contra a corrupção”.
Pessoas presas e direitos violados
A Rede de Venezuelanos no Brasil divulgou na última segunda-feira (20), o Boletim de atualização sobre a situação dos direitos humanos na República Bolivariana da Venezuela. De acordo com o documento, até 13 de julho existiam 410 pessoas detidas por razões políticas no país vizinho, sendo 284 civis e 126 funcionários militares.
Além dos cidadãos detidos, 29 deputados tiveram os direitos violados desde 2017.
De acordo com informações da ONG Foro Penal, até 13 de julho de 2020 existiam 410 pessoas detidas por razões políticas na Venezuela. Desse total, 379 eram homens e 31 eram mulheres. O relatório também informou que 284 eram civis e 126 eram funcionários militares.
Desde março de 2017, o TSJ retirou a imunidade de 29 deputados da Assembleia Nacional sem seguir os procedimentos previstos na Constituição e desrespeitando o devido processo.
Atualmente, cinco deputados da Assembleia Nacional da Venezuela continuam injustamente detidos, em flagrante violação de suas imunidades parlamentárias. Os deputados são: Juan Requesens, Gilber Caro, Ismael León, Renzo Prieto e Tony de Geara.
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