A teologia pentecostal, os valores e a autoridade bíblica

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Douglas Baptista é pastor, líder da Assembleia de Deus de Missão do Distrito Federal, doutor em Teologia Sistemática, mestre em Teologia do Novo Testamento, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Bibliologia, e licenciado em Educação Religiosa e Filosofia; presidente da Sociedade Brasileira de Teologia Cristã Evangélica, do Conselho de Educação e Cultura da CGADB e da Ordem dos Capelães Evangélicos do Brasil; e segundo-vice-presidente da Convenção dos Ministros Evangélicos das ADs de Brasília e Goiás, além de diretor geral do Instituto Brasileiro de Teologia e Ciências Humanas.

Uma das marcas do pentecostalismo é o seu compromisso inegociável de fidelidade as Escrituras Sagradas e a propagação da mensagem bíblica na sociedade em que a igreja se encontra inserida.

O artigo de abertura da Declaração de fé das Assembleias de Deus professa crer “na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão” [1].

Essa proposição tem implicações relevantes para a teologiapentecostal. A Bíblia não é vista apenas como um livro que “contém” a Palavra de Deus, mas, sobretudo a Bíblia Sagrada “é” a Palavra de Deus.

            Nota-se na leitura do credo assembleiano alguns termos preponderantes para a construção das Escrituras como o fundamento da teologia pentecostal: inspiração, inerrância, infalibilidade, e exclusividade em termos de fé. Isso significa que a autoridade da Bíblia Sagrada é suprema.

Nesse entendimento, a teologia sistemática pentecostal faz duras críticas ao racionalismo teológico e assegura que “no terreno das Sagradas Escrituras não há meia-ortodoxia; a ortodoxia tem de ser absoluta. Se a tornarmos relativa, não teremos, então, nenhuma ortodoxia; e, sim, heresias, apostasias e erros” [2].

            Nesse pressuposto, a teologia pentecostal se estrutura nos preceitos bíblicos cujo código moral não se modifica. Nessa concepção, a teologia assembleiana ratifica que nas Escrituras a “moral não haverá jamais de ser adulterada nem relativizada; é um livro que trata com valores absolutos” [3].

Para alguns pesquisadores, essa afirmação dogmática, caracteriza os pentecostais como intransigentes fundamentalistas. No entanto, para os pentecostais, essa postura os identifica como o povo cuja regra áurea de fé e prática repousa na autoridade da Bíblia Sagrada

Douglas Roberto de Almeida Baptista.

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