Centenas de palestinos protestam contra o Hamas em Gaza: “Queremos o fim da guerra”

Protesto ocorreu após uma semana do rompimento do cessar-fogo pelas Forças de Defesa de Israel.
Centenas de palestinos se manifestaram no norte da Faixa de Gaza contra o grupo terrorista Hamas, exigindo sua retirada do poder no enclave e o fim da guerra com Israel.
O protesto aconteceu na terça-feira (25), nas ruas da cidade de Beit Lahia em meio a prédios destruídos, conforme vídeos divulgados em redes sociais.
A CNN publicou um desses vídeos geolocalizados, que mostra grandes multidões de manifestantes no norte de Gaza gritando: “Pelo amor de Deus, Hamas fora” e “Queremos o fim da guerra”, centenas-de-palestinos-protestam-contra-o-hamas-em-gaza-queremos-o-fim-da-guerra.
Isso ocorreu uma semana após os novos ataques de Israel à região e a continuidade do bloqueio prolongado de toda ajuda humanitária. “Trata-se das maiores manifestações contra o Hamas em Gaza desde outubro de 2023”, afirmou a CNN.
Mohammed, um residente local que participou do protesto, relatou à agência de notícias EFE por telefone que a passeata foi espontânea, com os participantes expressando sua insatisfação com a guerra contra Israel.
Ele destacou que “os manifestantes exigiram o fim do governo do Hamas e manifestaram o desejo de viver em paz”, além de criticar a ausência de abrigos adequados contra os ataques das forças israelenses.
Mohammed contou que, apesar do medo de represálias do Hamas, muitos moradores decidiram protestar devido ao cansaço com o conflito.
Ele também afirmou que não houve prisões por parte do grupo islâmico que governa Gaza. “Os manifestantes rejeitam o governo atual e desejam viver com segurança”, destacou.
Um palestino usou suas redes sociais para elogiar seus conterrâneos pelos atos, chamados-os de “povo corajoso”.

“O povo corajoso da minha cidade, Beit Lahia, se reúne na praça principal (algo como a Times Square, mas sem prédios, arranha-céus ou telas) para exigir o fim da guerra”, escreveu.
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O protesto aconteceu uma semana após as Forças de Defesa de Israel (IDF) romperem o cessar-fogo estabelecido desde 19 de janeiro, retomando os bombardeios e incursões militares em Gaza, o que resultou na morte de cerca de 800 pessoas.