H-ernandes não apelou, mas, na hora H, Aplicou:

Rev. Celso de Medeiros
Este artiguete, muito mais que corrigir o nome do Pr.-Dr. Hernandes Dias Lopes, na “Hora h” trata de APELO após a pregação, de APLICAÇÃO num lugar do sermão ou de APLICAÇÕES em vários lugares do sermão, e menciona a DEDICAÇÃO ou CONSAGRAÇÃO na parte final do culto.
1 – CADA APELO – APELO ! – AS RESPOSTAS GALGOU!!! –
- Na manhã dominical de 13 do 4 p.p., eu participei do culto na Igreja Metodista do Vila Isabel, Zona Norte da Cidade Maravilhosa, com coral, órgão e piano, e com equipe de cânticos, guitarra e bateria, logo, com músicas clássicas e cânticos contemporâneos, e, no final, foi feito APELO para crentes, incluso ou mormente para um jejum até a quarta-feira daquela semana, com muita gente indo à frente.
- Na noite desse dia, eu fui com a esposa e filha ao templo da Igreja Batista Atitude, do Tijuca, na divisa com o Vila Isabel, uma denominação que eu diria ser “neobatista”, com bela encenação dos últimos dias de Jesus aqui no Planeta e Sua ressurreição, com músicas bem atuais, e uma pregação, após o que foi feito APELO, para aceitação de Cristo ou para a reconciliação com Este e Sua Igreja, tendo muita gente levantando à mão e depois ido à frente, depois sendo os decididos convidados a se dirigirem à uma sala especial e para serem direcionadas para uma das células da Igreja.
- Na noite do dia 20 do 4, o trio de nosso quarteto familiar esteve numa igreja que saiu da Igreja Batista da Lagoinha, a Novos Começos, sendo o templo dessa Igreja num Shopping Center na Zona Sul, no Leblon; depois do culto animado e do sermão também animado do Pr. Hernandes Dias Lopes, o pastor principal fez APELO, tudo seguindo o script do apelo feito pelos (outros?) “novos batistas” (!!!), visto acima.
- O Dr. Hernandes não fez o apelo, mas, mais – como sempre! –, ele fez APLICAÇÕES(!!!) durante o sermão, que é o que veremos.
2 – SUFICIENTE APLICAÇÃO, NA HORA, ORA, GALOPOU –
- O Pr. Hernandes fez o que se deve fazer no sermão, dentre outras cousas essenciais, logo , inarredáveis e (logo!) inadiáveis: APLICAÇÃO!!!
- A Homilética ou Arte de Pregar clássica, como por exemplo no Lições de Retórica Sagrada do Pr.-Prof. Herculano Gouvêa Jr., edição do autor que lecionou no Seminário Presbiteriano de Campinas e depois editado por Celsino da Cunha Gama que estudou no seminário supramencionado, como Dr. Hernandes e eu, sim, nesse GRANDE-Livro-pequeno, a APLICAÇÃO pode ser uma das formas de conclusão do sermão.
- O Pr. Gouvêa Jr. mostra ainda que o sermão pode ser (1) temático (dum tema, desde que fundamentado num Texto Bíblico), (2) textual (que, além de se basear num Texto, tem as demonstrações ou as argumentações, os pontos, tirados do Texto!!!) e (3) expositivo – baseado num Texto maior, como se fosse um sermão textual crescido.
- E quaisquer formas de sermões podem ter a APLICAÇÃO no final do sermão ou APLICAÇÕES no final de cada demonstração ou argumentação, e, até, mais vezes durante cada ponto.
- David Helm, no Pregação Expositiva – Proclamando a Palavra de Deus hoje –, tradução de Rogério Portella para a S. R. E. Vida Nova (reimpressão 2017), livro que só pude ler ontem (12/5/2025!), trata das APLICAÇÕES(!!!), e, dentre outras cousas, afirma: “Na preparação do sermão, o pregador deve formular a si mesmo algumas perguntas quando pensa na aplicação do texto: […] ‘Sinto-me reticente em convidar as pessoas ao arrependimento?’ […]” (p. 115).
- Mais sobre isso e sobre APELO tratam os teólogos e pastores batistas reformados Mark Dever e Paul Alexander, no Igreja Triunfante – Edificando seu ministério sobre o Evangelho (que estou lendo aos poucos junto com outros sete volumes), tradução de Francisco Wellington Ferreira, para a editora Fiel (2.ª ed., 2015).
- Veremos mais sobre APELO e APLICAÇÕES, no próximo ponto.
- O Pr. Hernandes fez APLICAÇÕES não-poucas vezes durante seu sermão do dia 20 de abril p.p..
- O sermão, pode não ser seguido de APELO, mas, apelo: ele tem de ter APLICAÇÕES…
3 – A GENTE, AGENTE, POR PROVIDÊNCIA, GARIMPOU –
- Dever e Alexander, retrorreferenciados, sob o subtítulo FAÇA CONVITES, mostram o lugar do APELO e das APLICAÇÕES – mesmo sem usar nenhum desses nomes! –, com/o o risco (p. 70) de ambiguidade (p. 71) – qual de nós não ouviu um apelo sendo feito para as pessoas aceitarem a Cristo, misturando-o com outros assuntos?!!!
- Ao fazerem a seguinte pergunta eles admitem o problema de APELO: “Como os convites e a chamada a vir à frente podem introduzir confusão na mente das pessoas?” (p. 73).
- Os autores respondem:
“Seremos mais sábios se acabarmos com práticas evangelísticas ambíguas do que se continuarmos a confundir as pessoas quanto à natureza da resposta salvadora. É certo que permitir a ambiguidade pode aumentar o nosso rol de membros. Mas isso engana as pessoas não salvas, levando-as a pensar que são salvas – esse é o mais cruel de todos os embustes” (p. 72).
- Os autores citam o fato de vir à frente, sendo isso tomado, inequivocamente, como conversão (p. 71).
- Ou, daquela de oração para a pessoa ler! (p. 71 – conhecemos o fato da pessoa repetir a oração que o pregador ou outra pessoa a faz repetir!!!).
- O APELO após a mensagem – para a pessoa ir à frente! – pode causar confusão, não que ele, com muito cuidado, não tenha um lugar!!! As APLICAÇÕES durante o sermão não podem faltar – desde que “sempre ligadas ao cerne do texto bíblico” (Helm, p. 119)!!! – E a DEDICAÇÃO ou CONSAGRAÇÃO, se Deus quiser, deixá-las-ei para o próximo artiguete, ou terça, 20/5/2025…
Celso de Medeiros Costa, pr., sec. da Sec. de Apoio Pastoral do PRGV não apenas Meditou,